sexta-feira, 21 de agosto de 2015

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

ESTUPRO ou SEDUÇÃO? - Sob o Domínio do Medo , O filme - QUASE MEIO SÉCULO DEPOIS - Saiba um pouco sobre Sam Peckinpah, "o poeta da violencia" - E veja as cenas polêmicas.

Por Thiago Militão

Fui tentado a assistir uma obra desse muito conceituado Diretor, Sam Packinpah. Após longas e curiosas pesquisas de críticas, fui atrás de - Sob o Domínio do Medo- com o excelente Dustin Hoffman. E para minha infeliz surpresa, me decepcionei com o que vi, claro, pela minha falha de já ir assistir algo com um pacote cheio de idéias de outros e pelo minhas dúvidas e críticas que sempre tenho ao assistir um filme, vamos lá!

Um casal resolve ir a uma "pacata" cidadezinha da Inglaterra, ele, David (Dustin Hoffman salva as 1:57 min. de filme), tentando se concentrar em experiências matemáticas, ela, Amy (Susan George que mais parece o Gerard Butler versão feminina) que estou pra descobrir qual o intuito dela na fita.


O filme é cheio de coisas totalmente sem nexo, Sam Peckinpah deixa claro que Amy já flertou no passado com Charlie ( Del Henney) e mesmo assim David o convida pra ajudá-lo na construção da garagem.   

Os erros de edição são pouquíssimas, mas o pouco que tem são gritantes. Tá, não vou falar que uma hora David está cara a cara com Amy, a câmera sai e quando volta na mesma cena Amy parece que passou a cena inteira olhando para o horizonte e deixou David falando sozinho, isso é constante no cinema. Mas o que dizer da cena grotesca em que a ninfeta Janice (Sally Thomsett) ao terminar de falar com Henry na rua se dirige ao bar já adentrando a porta e a câmera foca nela e parece que ela nunca imaginaria em ir ao bar, falha!


E o que dizer da cena em que David liga para o bar pra dizer que estava precisando de um médico, de onde o barman descobriu que David tinha atropelado Henry, se em nenhum momento ele revela isso?! Falha!!!
E aqui começam meus SPOILERS. Aos críticos de plantão, o ódio e revolta de David não foi motivado pelo estupro de sua esposa, porque ele não descobre claramente que houve essa violência, foi simplesmente porque ele atropela Henry e o acomoda em sua casa na espera de ajuda e os marmanjos descobrem que Henry saiu da igreja com Janice e ela é dada como desaparecida, só isso!

E essa pífia motivação de David é o que estraga a obra de Sam Peckinpah. Não bastasse isso, a cena sem pé nem cabeça de David descobrindo que sem ver nem pra quê Henry está tentando violentar Amy e mesmo assim David permite que sua casa seja totalmente destruída na defesa de um maluco. Fraco. Não, fraquíssimo.  Não vou falar a cena final do filme pois não que ler vai se revoltar mais ainda, que pena.


Certo, Sam Packinpah foi gênio na tensão explícita do filme, tanto no deboche dos homens para com David como na cena crucial de "sexo" de Amy com Charlie. Repare que quem estuprou não foi Charlie, o que o diretor faz questão de mostrar que ela gostou e queria mais, o estupro foi realizado por Scutt, o que deixa claro que Charlie até então não aprovou.

O diretor foi bem feliz na fotografia do filme ( John Coquillon, parabéns!), tanto nas tomadas de cena que se passam ao dia como na tenebrosa noite.  Infelizmente não gostei do primeiro contato com Sam Peckinpah, mas sei que todo ser humano tem o direito de se retratar, até o próximo filme! 

As Cenas polêmicas:



Susan George interviewed on Sam Peckinpah's STRAW DOGS

The Susan George Channel
Um dos filmes mais polêmicos da história do cinema, o clássico de Sam Peckinpah (diretor de "Meu Ódio "Será Sua Herança") chocou o público com uma controversa cena de estupro e a explosão de violência no final. Indicado ao Oscar em 1972, o clássico sai agora em  versão restaurada com mais de 1 hora de extras, incluindo entrevistas com Susan e Dustin Hoffman

Versátil – Suspense – 18 anos
Direção: Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P.McKenna, David Warner
Sinopse: Em busca de uma vida mais tranquila, um tímido matemático americano e sua esposa se mudam para uma cidadezinha no interior da Inglaterra. No entanto, o casal acaba encontrando apenas o medo e a violência. Acuado por moradores locais, o inseguro matemático terá que se transformar num vingador para sobreviver.
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Dustin Hoffman (A Maratona da MorteRain Man) interpreta David, matemático e professor americano casado com Amy (Susan George), uma jovem e extrovertida inglesa. Com o objetivo de fugir da violência nos EUA, o casal muda para uma casa de campo na Inglaterra, mas acaba enfrentando diferente forma de barbárie.
De volta à sua terra natal, Amy reencontra um antigo pretendente que, junto com outros jovens arruaceiros, começa a trabalhar na reforma de sua nova casa. O seu comportamento lascivo a transforma em troféu sexual para os quatro trabalhadores da obra, além de naturalmente despertar ciúme em David.
Dustin Hoffman interpreta um pacato matemático que sofre literalmente um bullying violento de jovens moradores locais que cobiçam sua esposa. Confira no DVD da Versátil entrevista com o ator, na qual ele revela ter feito o filme por dinheiro
Dustin Hoffman interpreta um pacato matemático que sofre literalmente um bullying violento de jovens moradores locais que cobiçam sua esposa. Confira no DVD da Versátil entrevista com o ator, na qual ele revela ter feito o filme por dinheiro 
Numa típica cidadezinha onde todo mundo se conhece, e cuida de seus pares, o comportamento provinciano de alguns moradores locais torna-se cruel e perverso. A tensão toma conta da interação entre David, Amy e os quatro jovens que trabalham para o casal.
O conflito de classes – e o preconceito mútuo – entre o intelectual americano e os quatro ingleses pobres é o estopim para uma disputa em torno de Amy. Possuí-la é tudo o que importa, até esse exercício de afirmação da masculinidade culminar na famosa (e brutal) cena do estupro da protagonista. Susan George na fatídica cena que causa controvérsia até hoje. Sensacionalista para uns, memorável para outros, a cena não dá trégua ao espectador, que experimenta sentimentos ambivalentes em testemunha o comportamento ambivalente da vítima
Susan George na fatídica cena que causa controvérsia até hoje. Sensacionalista para uns, memorável para outros, a terrível sequência de violência sexual contra a mulher não dá trégua ao espectador, que testemunha o comportamento ambivalente da vítima
A ostensiva violência sexual contra Amy causou reações de protesto em grupos feministas quando o filme – primeira incursão de Sam Peckinpah (Meu Ódio Será Sua Herança) fora do western – estreou.
Editada na época, a cena do estupro ganhou ainda mais controvérsia em razão do comportamento ambíguo da vítima que, após ser violentamente violentada, demonstra prazer. A trama intercala depois flashes do estupro nas sequências seguintes, contribuindo para o angustiante clima de mal-estar que permanece,mais de quarenta anos depois.Uma refilmagem de "Sob o Domínio do Medo" estreou em 2011, com James Marsden ("X-Men)", Kate Bosworth ("Para Maiores" e Alexander Skarsgård ("True Blood") no elenco. A ação foi transposta para o sul dos EUA, mas com o mesmo enredo
Uma refilmagem de “Sob o Domínio do Medo” estreou em 2011, com James Marsden (“X-Men)”, Kate Bosworth (“Para Maiores” e Alexander Skarsgård (“True Blood”) no elenco. A ação foi transposta para o sul dos EUA, mas com o mesmo enredo
No final, David toma a justiça com as próprias mãos e parte para a desforra na defesa de seu lar, sitiado pelos molestadores numa longa sequência de ação com os tradicionais planos em câmera lenta de Peckinpah. Ironicamente, o macho-provedor vivido por Hoffman afirma que não vai permitir violência em sua casa. O que se vê a seguir é bem diferente: angustia, incomoda, não deixa ninguém indiferente. Tanto em 1971, quando Sob o Domínio do Medo foi lançado e banido na Inglaterra, como hoje. 
SAM PECKINPAH O Poeta da Violência
“Sempre me criticam por incluir violência nos meus filmes. Mas, quando a abandono, ninguém sequer assiste ao filme”.  Sam Peckinpah
“Sempre me criticam por incluir violência nos meus filmes. Mas, quando a abandono, ninguém sequer assiste ao filme”. Sam Peckinpah
Apelidado pela crítica americana de “Bloody Sam” (em tradução livre, “Sam Sangrento”), devido ao excesso de violência em seus filmes, Sam Peckinpah nasceu em 21/2/1925, em Fresno (Califórnia, EUA). Após se alistar na Marinha em 1943, retornou à sua terra natal, formando-se em Drama na Fresno State College. O curso criou nele o desejo de dirigir, fazendo-o mudar para Los Angeles, onde começou a trabalhar na TV, principalmente como assistente de direção na CBS, entre 1951 e 1953. No ano seguinte, passou a assistente e dialoguista de Don Siegel e, no final da década de 1950, já escrevia e dirigia episódios de O Homem do Rifle, entre outras séries de faroeste para TV.
Sam Peckinpah recebeu a única indicação ao Oscar de sua carreira pelo roteiro original de "Meu Ódio Será Sua Herança", simplesmente um dos 10 melhores faorestes da história do cinema
Sam Peckinpah foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original por “Meu Ódio Será Sua Herança”, considerado um dos 10 melhores faroestes da história do cinema
Em 1961, Peckinpah estreou finalmente como diretor de longa-metragem com o western psicológico Parceiros do Crime, seguido pelo elogiado Pistoleiros do Entardecer (1962) – estrelado por Randolph Scott e Joel McCrea – e o tremendo fracasso comercial de Juramento da Vingança (1965), com Charlton Heston. Após ser demitido do filme A Mesa do Diabo(1965), ele daria a volta por cima com Meu Ódio Será Sua Herança (1969), reinventando o gênero western com realismo sem precedentes e cenas de violência em câmera lenta que marcariam para sempre sua carreira. Em seu cinema, não há mais mocinhos nem vilões, apenas personagens à beira do abismo, lutando contra o sistema e sua época.
A fronteira do Texas com o México tornou-se o palco favorito de Peckinpah e, depois de mais um faroeste (o atípico A Morte não Manda Recado, 1970), o “poeta da violência” passou a transitar entre outros gêneros, dividindo a crítica. Para alguns críticos, o diretor transformava a violência em arte; para outros, Peckinpah fazia apologia da barbárie. Alvo também das feministas, que o acusavam de misoginia em produções polêmicas como Sob o Domínio do Medo (1971), o diretor expressava sua visão dos tumultuados anos 1970 e a compulsão do homem pela violência.Famoso por suas bebedeiras, e brigas com oes estúdios, Sam Peckinpah dirige Dustin Hoffman em "Sob o Domínio do Medo", filme de 1971 que acaba de ser relançado em DVD no Brasil
Famoso por suas bebedeiras e brigas com os estúdios, Sam Peckinpah posa ao lado de Dustin Hoffman em foto de divulgação de “Sob o Domínio do Medo”, filme de 1971 que acaba de ser relançado em DVD no Brasil
Segundo Elvis Mitchell, crítico do jornal The New York Times, “Peckinpah fazia épicos sobre o fracasso”, com personagens lidando com suas falhas assim como o próprio cineasta na sua vida pessoal e profissional. Em seus filmes, não há final feliz ou redentor, apenas o gosto amargo do fim.
Falecido em 28/12/1984, de ataque cardíaco, o diretor era alcoólatra e viciado em drogas. Em quase toda a carreira, enfrentou problemas com produtores, que impunham cortes significativos na montagem final de seus filmes. Homem de excessos, na tela e fora dela, Peckinpah viveu intensamente, como seus personagens, e conservou até o fim sua paixão pelo México e pelas raízes da cultura norte-americana.

Fontehttp://2001video.empresarial.ws/

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Beyoncé