quinta-feira, 24 de junho de 2010

Etiqueta, Moda e Estilo - Assim Caminha a Humanidade

Elegância é estar ciente dos sentimentos dos outros
(Glória Kalil)
"Recuperando o prazer da civilidade"... Ser bem educado, capaz de receber os outros e tornar o ambiente agradável é chic. Sem civilização, sem códigos seria a barbárie, a lei do mais forte, do salve-se quem puder e a vida na cidade ou em qualquer agrupamento se tornaria impossível. Por isso a etiqueta funcionou a partir das cavernas e funciona até hoje" Do mesmo modo que a etiqueta condiciona, a moda tem suas perversidades. Podemos evitá-las? 

Porque salto alto ou gravata?

A moda atual em vez de orientar, anda deixando as pessoas ainda mais separadas sem saber como lidar com ela. Ninguem mais tem certeza doque está ou não na moda. Basta dar uma olhada nos acontecimentos e nos símbolos ligados à moda e ao comportamento que representamos nas últimas décadas para entender com o viemos parar neste momento de supervalorização da imagem - hedonismo e narcisismo.

Anos 50 - Década clássica - a moda era ser bem comportado era chic ser "elegante"

Anos 60 - Década da revoluções - A moda era ser revolucionário. Chic era ser "rebelde". E a palavra em voga era Vanguarda.
Anos 70 - década da curtição. A moda era ser liberado. Chic era ser experimental.


Anos 80 - A Década do poder . A moda naturalmente era ser poderoso o que não era tão chic (Aids, yuppies - (ou hippies domesticados), Madonna e a divulgação da Era de Aquárius).

Anos 90 - A moda era ser único, o que poderia ser chic - moda grunge, minimalismo, personals trainners, academias e Prada.

Anos 2000 - A moda é ser celebridade o que pode dar em vulgaridade. Nada chic.

Celebridades no ar. O mundo globalizado faz mais distinção entre as nacionalidades dos famosos...Giselle Bundchen, Nicole Kidman, Britney Spears, Sophia Coppola, Sean Penn, Kaká, Ronaldinho...Lady Gaga...e qualquer outra pessoa que apareça na televisão
A moda introduz o conceito de costumização - da roupa exclusiva  feita com as próprias mãos".
 A moda introduz o conceito de costumização - da rouexclusiva "pa feita com as próprias mãos".

 "Silicone or bust" - a beleza se constrói com silicone. Botox, preenchimentos, lipos cirurgias reparadoras - e não só com roupas e malhação. É a popularização da idéia de interferir no corpo através de cirugias e implantes .

O virtual suplanta o real: a década se inicia com a explosão da internet, da Nasdaq e da comunicação em rede global. É o mundo digital.

Reality show: acâmera on-line devassa  a intimidade das pessoas. Tudo mundo quer seu quinhão de fama. Marcando a idéia de individualidade, a palavra estilo fica tão importante quanto moda 


(Fonte: Chic[érrimo] - de Glória Kalil - Ediouro).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Artes Plásticas - Fernando Palma

Fernando Palma está com a vida pronta. Dispensa interpretações para suas frutas e mulheres luxuriosas. Vale registrar: o maior dos seus luxos foi trocar os aventais, prontuários e bisturis por pincéis e telas armadas em ambientes suaves e harmoniosos. Geralmente acompanhado por gente talentosa e de bom caráter. Vamos degustar as obras dele, gente! (GOS)

SOBRE O ARTISTA

Fernando Palma nasceu em Lins, Estado de São Paulo, Brasil, em 1948. Em 1969 mudou-se para a cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, onde cursou Medicina, especializando-se em Cirurgia Plástica. Posteriormente, realizou estágio nos Estados Unidos (New York University, 1975).
Palma pinta Aryelle - Foto: Kennedy PALAVRAS DO ARTISTA

"A série de frutas “Vidas Silenciosas” tem, sem dúvida, origem na minha infância. Quando criança, morei em uma fazenda em Lins, interior de São Paulo, que chamava-se “Rio Dourado”. Costumava andar horas pelo pomar, olhando as árvores com seus frutos e flores, e ficava fascinado pelo fato da terra bruta e amorfa gerar aqueles frutos coloridos, delicados e puros.
Tinha vontade de entrar, estabelecer uma relação sensorial mais estável com eles, desvendar o segredo, mas não conseguia. O mistério era muito grande.

Com o passar do tempo, comecei a ter consciência da existência do “fruto proibido” e da força geradora da terra. A serenidade da infância começou a ser atormentada pelas paixões. Constatei então que, ao nascermos, somos condenados ao desejo eterno.
Há momentos de intensa felicidade, que podemos experimentar de tempos em tempos. Esses são efêmeros e nos fazem visualizar um paraíso que não podemos reter. Quanto maior essa felicidade, maior o sofrimento, a incerteza e o medo de perdê-la.



O melhor seria que os sentimentos e prazeres permanecessem em repouso, mas na serenidade pedimos paixão e na paixão desejamos novamente a serenidade. Chegamos à conclusão que nunca encontraremos uma resposta e que vivemos sujeitos a paixões e fantasias durante toda a existência. O que existe é energia em movimento no ciclo eterno da natureza.

Desses movimentos de espírito surgiram as séries: “Vidas Silenciosas”, “Paixão e Fantasia” e “A Beleza do Gesto”. Na série “Vidas Silenciosas”, pinto frutas. Tomo algumas frutas, olho para elas, sinto seus cheiros, viajo no tempo em busca da pureza perdida; a primitiva serenidade da vida. Dou as primeiras pinceladas, jogo as cores e logo estou nos pomares da infância.

Nas séries “Paixão e Fantasia” e “A Beleza do Gesto”, mostro a natureza humana com seus conflitos,


dúvidas, paixões e fantasias. Pinto o belo e sensível universo feminino com seu charme, perigo, incoerência e sensualidade, expressos por meio da linguagem corporal. Frágil, dependente, imprevisível, mas na realidade forte e consciente de seu poder de mãe geradora como a terra. Universo perigoso e sedutor ao mesmo tempo."
Informações completas e contatos pelo blog do artista: - (Copie)-  http://www.fernandopalma.com/